quinta-feira, 8 de março de 2012

Doação em terras alagoanas

Queridos amigos, venho hoje contar um pouco da nossa experiência em terras Alagoanas. Talvez por termos divulgado pouco a nossa campanha de arrecadação, não obtivemos muito sucesso, mas só com o que recolhemos em nossa própria casa, conseguimos juntar uma grande quantidade de brinquedos, roupas e compramos alguns lanches para as crianças.

Como dissemos no post anterior, nossa meta era entregar as doações numa favela de casas de taipa que fica depois da entrada da Praia do Francês. Pois bem, vejam como são os desígnios de Deus. Eu, Marcelo e nosso filho Kauã, de 4 anos, saímos com o carro repleto de doações da pousada em que ficamos, na Praia do Francês, com destino ao local escolhido.

Cerca de três minutos depois da saída, Kauã começou a chorar desesperadamente dizendo que queria voltar e Marcelo falou que, desde cedo, estava com um pressentimento ruim. Eu disse então que deveríamos voltar. Depois que fizemos a conversão na pista, Marcelo disse que a gente poderia seguir pra cidade de Marechal Deodoro e que o seu pressentimento era de não seguir em direção a Maceió.

Kauã parou de chorar, seguimos pra Marechal e, mesmo sem conhecer nada da cidade, Marcelo encontrou uma comunidade super carente. "Fui guiado", disse ele, enquanto a gente decidia onde parar o carro. Eram aproximadamente 14 horas, não tinha quase ninguém na rua. Casas paupérrimas, esgoto correndo pelas ruas de terra, uma ou duas crianças descalças vagando, sem ter nada o que fazer.

Pedi a Marcelo que parasse o carro, pois iria dar um brinquedo e lanche para os dois. Logo avistei mais duas crianças dentro de uma casa, onde também entreguei brinquedos. Quando virei as costas, o carro estava rodeado de dezenas de crianças, com idade entre dois e cinco anos, todas descalças, ansiosas, os pequenos bracinhos estendidos em minha direção, querendo também ganhar um brinquedo, ou quem sabe, se contentariam com o pequeno pacote de biscoitos.

Já tivemos algumas experiências bem legais fazendo doações de brinquedos, cestas básicas, distribuindo sopas a moradores de rua, mas nada foi tão marcante, tão emocionante, como ver aquela quantidade imensa de crianças ao meu redor, puxando a minha roupa, tentando garantir alguma coisa. Fiquei triste porque, infelizmente, nem todas puderam receber um brinquedo. Fiquei triste, porque as políticas públicas alagoanas voltadas ao povo mais carente estão anos luz atrás do que se faz em Aracaju e em Sergipe.

Quero avisar aos amigos que, em breve, estaremos voltando ao mesmo lugar para tentar, dessa vez, contemplar todas as crianças com um brinquedo e um lanche. Coisas que fazem parte do nosso cotidiano, mas que para eles é luz de esperança em dias melhores, num mundo mais justo, onde existem sim, pessoas que se importam com o próximoe que estão dispostos a auxiliá-los. Estamos arrecadando brinquedos novos ou usados, biscoito e mini refrigerantes. Quem quiser colaborar, entre em contato com Marcelo, no 9881-0454 ou 9993-4983. Podemos pegar a doação na casa de vocês.

Deus abençoe a todos!

Grande abraço a todos.

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